Já ouviram falar em Heráldica e Vexilologia? São ciências auxiliares da Historia que estudam, respectivamente, os brasões e as bandeiras, que infelizmente raras pessoas as estudam no Brasil.
Este Blog está destinado à Heráldica. Procurarei aqui compartilhar com os leitores alguns pontos referentes a Heráldica (Familiar, de Domínio e Eclesiástica).
A Heráldica é a ciência que estuda e interpreta as origens, evolução, significado social e simbólico, filosofia própria, valor documental e a finalidade da representação icônica dos escudos de armas. Mas não se preocupem saber, desde já, o que é a Heráldica, palavra um tanto enigmática. Procure antes de tudo, olhar e reparar se aquilo que nos rodeia pode de algum modo, conduzir a uma visão heráldica do mundo moderno.
A Heráldica é a ciência que estuda e interpreta as origens, evolução, significado social e simbólico, filosofia própria, valor documental e a finalidade da representação icônica dos escudos de armas. Mas não se preocupem saber, desde já, o que é a Heráldica, palavra um tanto enigmática. Procure antes de tudo, olhar e reparar se aquilo que nos rodeia pode de algum modo, conduzir a uma visão heráldica do mundo moderno.
Um país se torna forte e respeitado, quando seu povo conhece, entende, divulga e defende os seus princípios e valores, representados pelos símbolos nacionais, estaduais e municipais.
Lamentavelmente, grande parte da população desconhece os símbolos cívicos do seu próprio município, que muitas vezes foram elaborados por artistas que não possuíam nenhuma noção da Heráldica e da Vexilologia, o que faz com que erros sejam encontrados nos brasões de armas de grande parte dos municípios brasileiros.
Lamentavelmente, grande parte da população desconhece os símbolos cívicos do seu próprio município, que muitas vezes foram elaborados por artistas que não possuíam nenhuma noção da Heráldica e da Vexilologia, o que faz com que erros sejam encontrados nos brasões de armas de grande parte dos municípios brasileiros.
Para a composição de um brasão de armas, é necessário obedecer a regras e leis que são universalmente aceitas e que regem toda a sistematização da heráldica. Uma destas leis diz respeito ao brasão, que é composto pelo escudo de armas - a peça mais importante – com seus elementos internos e os ornamentos externos (listel com sua divisa, e seus tenentes ou apoios).
Para o uso das cores nos brasões, a heráldica estabelece o emprego de um reduzido número de tintas. As tintas, ou esmaltes, são divididos em três grupos: metais (ouro e prata), cores (goles/vermelho, bláu/azul, sinople/verde, sable/preto e púrpura) e peles (arminho, veiro, contra-armarinho, contra-veiro, arminhado). Os esmaltes não têm um significado simbólico fixo e nem pré-determinado, mas não se usa, no escudo, metal sobre metal, nem cor sobre cor.
A ocorrência de tantos símbolos municipais fora dos padrões pode ser atribuída à falta de livros e cursos sobre a ciência heráldica no país. Poucas são as pessoas no Brasil que conhecem as normas heráldicas e as leis que instituem os símbolos cívicos.
A interpretação do simbolismo das peças e esmaltes que compõem um brasão tem que ser feita conforme originalmente determinado no ato de sua criação, já que simbolismo é tema subjetivo. Um escudo de forma circular ou elíptica, por exemplo, que seria um símbolo heráldico da “eternidade” porque se trata de uma figura geométrica que não tem princípio nem fim, erradamente alguém poderia dizer que seria a indicação de prisão ou falta de liberdade; a cor branca, que é símbolo de paz, amizade, trabalho, prosperidade, e pureza, mas ela poderia ser interpretada completamente ao contrário, por alguém sem conhecimento heráldico.
Muitos outros casos poderiam ocorrer: como com o barrete frígio, o símbolo, por excelência, dos movimentos republicanos, do respeito pelos direitos humanos e pelas liberdades individuais, que, por desconhecimento, poderia até ser visto como a antiga touca de dormir, que se vê em programas humorísticos, ou mesmo como a touca que dava poderes mágicos a personagens do folclore, como o saci-pererê, figura simpática do folclore brasileiro, ou o fradinho da mão furada, no folclore português.
Em muitos contos europeus existem outras carapuças que dão invisibilidade. Por outro lado, os elmos, peça da armaria e figura essencial nos brasões familiares, poderiam, equivocadamente, ser interpretado como representativo do mitológico elmo de Perseu que o tornou invisível aos olhos das górgonas. Infelizmente até a cruz de Cristo poderia ser interpretada erroneamente.
Para que os símbolos heráldicos estejam de acordo com o que estabelece a ciência heráldica, é necessário que sua concepção seja feita por um profissional da área: o heraldista. Infelizmente isso nem sempre acontece. O Brasão principesco que está ilustrado no inicio deste artigo foi desenhado pelo heraldista Raul Breno Marquardt.
Termino este artigo com um exemplo de armas de domínio - o belo Brasão de Armas da Cidade do Rio de Janeiro, com a explicação de suas peças.
Excelente explanação sobre o tema, parabéns pelo blog !!!!
ResponderExcluirAbs
Parabens, um ótimo assunto, muita informação que só almenta nossos conhecimentos
ResponderExcluirTexto formidável e de grande utilidade para quem tem interesse no assunto.
ResponderExcluirObrigada.
Deise Donelli
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